quarta-feira, abril 11, 2007

Primeiro de Janeiro 11-04-2007

Land Art invade Lavandeira
O Parque da Lavandeira, em Oliveira do Douro, irá tornar-se uma grande galeria ao ar livre. Desde a semana passada que doze artistas plásticos vão realizar intervenções artísticas naquele equipamento municipal. A actividade decorre até ao final do mês. Cátia Alves da Silva/Pedro Tavares (foto)Durante aproximadamente um mês o Parque da Lavandeira, em Oliveira do Douro, recebe artistas do movimento Land Art. Doze artistas plásticos pertencentes ao movimento, dez portugueses e dois catalães, estão a efectuar intervenções, permanecendo até ao final do mês, no Parque da Lavandeira. “O conceito base é trazer a arte para fora da galeria, para que as pessoas possam ter contacto com os artistas e com as obras de arte”, explicou Maria Carvalho Araújo, responsável técnica do Parque da Lavandeira. O intuito passa então por desmistificar o conceito pré-definido de que a arte é apenas para elites. Participam nesta iniciativa, que se pode considerar como a primeira exposição organizada de Land Art em Portugal, os portugueses Cristina Ataíde, Luís Pinheiro, Meireles de Pinho, Paulo Neves, João Castro Silva, Joaquim Pombal, Marisa Alves, Fernando Saraiva, Ângelo e Moisés Tomé, enquanto a Catalunha está representada por Josep Mates e Carlets. Findas as dez intervenções artísticas, previstas para final de Abril ou início de Maio, terá lugar no auditório do Parque Biológico de Gaia uma palestra onde irão intervir um professor, um crítico de arte e os artistas que realizaram intervenções. Está previsto ainda o lançamento de um catálogo com registos fotográficos de todas as intervenções artísticas. “Esta é uma arte muito efémera e a única forma de a eternizar é publicando um livro com fotografias, com o que aí foi feito”, sublinhou a técnica responsável, acrescentando que esta é uma forma de as obras de arte ficaram registadas na história do Parque da Lavandeira e da Land Art. niciativa a repetir Embora este seja o primeiro ano em que a autarquia de Gaia abrange algo do género. Maria Carvalho Araújo enfatizou que “a ideia é que esta iniciativa se repita de dois em dois anos neste ou noutros espaços que tenham as condições necessárias, como o próprio Parque Biológico de Gaia”. Não será portanto de descartar a hipótese de se realizar uma bienal da Land Art em Vila Nova de Gaia. “Tem que ser um espaço aberto com muito espaço” rematou a responsável pelo Parque da Lavandeira.
Expressão artística Preocupações ecológicas e ambientaisA expressão Land Art reúne diversas formas de expressão artística que usam como matéria-prima o terreno natural, que é trabalhado com materiais exclusivamente naturais e em absoluta observância das regras da ecologia, de modo a criar uma obra de arte. Devido às muitas dificuldades que a sua concretização apresenta, os projectos não vão, muitas vezes, além da fase conceptual, nunca chegando a ser construídos. Não é o caso desta iniciativa, cujas dez instalações ali permanecerão de forma definitiva. A Land Art surgiu em finais da década de 60, em consequência do aumento do interesse pelas questões ligadas à ecologia e da crescente insatisfação com a monotonia cultural.

4 comentários:

Teresa Freitas disse...

Ola,
Parabens pelo vosso Projecto.Vim informar que coloquei uma notícia do vosso evento.Sugeria, caso tivessem em vosso poder, as imagens da vossa iniciativa deste sábado pasado, uma vez que não pude estar presente.
E serão bem vindos ao Terras de Argila.
Um abraço
Teresa Freitas

João Soares disse...

Iniciativa excelente!
Fiz uma breve postagem sobre o vosso projecto e irei linkar o vosso blogue na lista dos blogues Ambientais do BioTerra.
Um abraço
João Soares

pep brocal disse...

Felicitats, uma iniciativa remarcabel! Vénen ganes de venir a veure-ho!

MEIRELES DE PINHO disse...

Obrigada pela fossa visita.
Nos próximos dias vais haver mais trabalhos
Fiquem atentos
Meireles de Pinho